Resenha | Silent Hill: Downpour



Uma das mais conhecidas franquias do gênero survival horror está de volta aos videogames em Silent Hill: Downpour, um jogo que chegou tão controverso quanto seu protagonista, o presidiário Murphy Pendleton que faz uma visitinha à velha conhecida cidade.
Ao ser transferido da prisão onde estava encarcerado para sua condicional, Murphy e outros prisioneiros acabam sofrendo um acidente terrível com o ônibus que os levava na entrada de Silent Hill, ao se recobrar ele descobre que nem tudo é o que parece e este agora será seu inferno pessoal. Murphy não está sozinho, além de personagens obscuros e a já conhecida neblina, uma horda de criaturas estranhas está por toda parte e a presença da chuva no cenário as torna ainda mais agressivas.
Silent Hill como sempre apresenta suas duas realidades o mundo real, que já não é nada normal, mas extremamente bem construído, com cenários sujos e destruídos, além da atmosfera de abandono evidente pelo acumulo de sujeira nos cantos escuros e construções abandonadas e o outro mundo, que abandona o fogo e as trevas assim como em Shatered memories que mostra uma realidade congelada, neste temos a água e a umidade para todos os lados, e aqui acontecem algumas das melhores cenas do jogo com truques psicológicos e uma tensão pelo fato de que se deve correr feito um louco para não morrer.
Algo que deixa o jogo um tanto confuso abandonando o terror total são as batalhas, algo que não ficava em primeiro plano nos jogos anteriores, é possível lutar usando qualquer coisa no cenário, e mais a frente encontrando armas de fogo, ao contrário de Resident Evil, Silent Hill não levou tanto tempo (talvez seja o instinto de sobrevivência) para ensinar seus protagonistas a andar e atirar ao mesmo tempo.
O jogo está longe de ser uma campanha de mundo aberto, mas a inserção de campanhas secundárias dá um novo animo ao mesmo tempo em que o jogo luta para se manter fiel as origens e não cair na armadilha de ser mais um caça-níquel com jeito de clássico, o grande problema de franquias longas, pessoalmente sempre fui fã de títulos clássicos que surgiram ainda na era do PSone, mas salvo pelo jogo que tem um universo expandido e novas histórias e personagens, franquias tem que ter começo meio e fim e não prender o jogo em modo loop infinito.
Quanto ao quesito mais importante do jogo, a história, ela avança de modo lento, fazendo uma revelação de cada vez, mas sem se tornar longa e arrastada (a não ser que você se perca na cidade), mostrando fragmentos e revelando mais sobre Murphy sem se atropelar à medida que o jogo avança a sacada de um personagem com profundidade me chamou mais atenção que outros aspectos, chegando a suprimir algumas falhas técnicas, pois eu queria saber mesmo como a história continua. Apesar de poucas, Murphy pode fazer escolhas que alteram o roteiro e isso nos aproxima mais dele, gostamos do herói e como se dá sua jornada, ou o odiamos por ser um canastrão desprovido de sentimentos pagando seus pecados.
Há um clima tenso, boa parte se deve a composição feita pelo mesmo compositor da trilha sonora da série Dexter, Daniel Licht, mas ainda não chega perto da trilha dos outros jogos da franquia. O combate sublimou alguns aspectos do terror, mas mantém um suspense tenso pelos gritos, sons e musica incidental, além do jogo de sombras como aspecto muito positivo. Interatividade com o cenário na sétima geração é bem vinda, mesmo que algumas coisas não sejam bem necessárias, como poder dar a descarga de todas as privadas (não, você não vai ganhar um troféu por apertar todas as descargas de Silent Hill), mas para quem gosta de uma história simples, mas bem contada e uma dose de tensão no dia-a-dia, e aposto que de história todos aqui gostam de história vão encontrar uma boa diversão, ou até mesmo para aqueles que querem fazer uma visita à cidade amaldiçoada. Curtam o blog, curtam o jogo, vamos comentar sobre isso e quais seus jogos ou franquias de terror favoritas (deixe nos comentários, sua opinião é importante!) vou deixar minha contribuição, umas das minhas favoritas é a trilogia de filmes B Uma noite alucinante (Evil dead e Army of Darkness).
Curiosidades:
  • Murphy é o segundo personagem da franquia a poder utilizar os punhos para se defender antes isso apenas era possível em Silent Hill Origins.
  • A grande controvérsia em cima da proposta e como o jogo se sairia foi causado pela escolha da produtora, o jogo ficou a cargo da Vatra, que cogitou faze-lo em primeira pessoa.
  • O tema principal do jogo é tocado pela banda Korn.
Resenha por:
Eduardo Fossati




4 comentários:

  1. Oi Eduardo,Tai!

    Não conhecia o game,mas gostei do que li e do visual da cena apresentada.O pessoal lá em casa vai gostar da dica.

    Bjos

    http://www.roubandolivros.com/

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  2. Oi Eduardo, não sabia que você escrevia para o Foolish'' hahaha
    Já ouvi falar de Silent Hill...E se eu não me engano, é uma série de tv?''

    Vou procurar o Game, parece ser irado! HAHAHA
    Parabéns pelo Post, ficou maneiro!

    Lucas F
    http://apanhadordelivros.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Olá Lucas.
      Silent Hill é uma ótima série...mas de games, começou sua vida ainda no extinto sistema PSX (o famoso Playstation 1) e cresceu no Playstation 2 onde tomou formas e experimentos diversos. Também foi lançado um filme ainda na década passada (pois é estamos velhos) e uma sequencia agora sai este ano.

      Obrigado por visitar o Foolish!

      Eduardo Fossati.

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  3. Gostei muito dessa resenha. Não sou muito viciada em jogos mas parece uma boa pedida para passar o tempo. Gostei mesmo.

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