Entrevista | Autores Parceiros #4

Oi galera!
Já estava com saudade do tipo de post que irei postar hoje: Entrevistas!
A melhor coisa é o blogueiro ter essa relação de amizade e "liberdade" para entrevistar um autor. Estes são os melhores posts do Foolish, na minha opinião.
Os queridos de hoje são o autor João Pedro Roriz (Eros e Psique) e o Luis Boto (Terra sem Lei). Há alguns meses atrás eu tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o João Pedro, pois ele veio na minha escola através de um projeto. Esse projeto nem era com a minha turma, porém a metida aqui aproveitou e bateu um papo com esse grande autor. Olha nossa foto:
Kelly, João Pedro, eu e Milena.
Eu quero agradecer a ambos pela disposição em responder a entrevista. Eu adorei!
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1. Você sempre gostou de escrever? Quando que o seu talento foi descoberto?
Sim. Quando eu era criança, nada acaba com o meu tédio! Eu tentava jogo de botão, futebol, encher o saco da família e nada dava certo! Eu gostava muito de fazer pequenos livros e vendê-los para as visitas que iam à minha casa (meu pai ficava uma arara). Foi assim que descobri que mais do que talento, eu tinha vocação para passar horas e horas escrevendo. Talento é algo que você aprimora com o tempo, mas vocação é fundamental. E eu logo descobri que o tempo passava depressa quando eu começava a escrever.

2. Seus personagens são baseados em pessoas que você conhece?
Sim. Eles são auto-identificáveis. Basta conviver comigo e você perceberá que me baseio nos meus amigos e familiares. No meu próximo livro – um mistério infanto-juvenil – os heróis, dois adolescentes, ganharam o nome e a personalidade de meu irmão mais novo e seu melhor amigo de escola. Viver ao lado de um escritor é perigoso!

3. Houve alguma situação na sua vida que gostarias de passar para um livro?    
Muitas! Eu adoro colocar as minhas frustrações pessoais nos livros que escrevo. É um bom local de desabafo. Tem certas coisas que não posso falar, mas posso escrever. E é nessa fantástica viagem que eu “exorcizo os demônios” (rs). Claro que faço isso de acordo com a necessidade da história, mas às vezes bate na veia. Dói! E escritor é tudo manteiga derretida, viu! Escreve e chora, chora e escreve... às vezes, nem está escrevendo mas está chorando. O exercício mais complicado é ter inteligência emocional, guardar as emoções para as ocasiões certas e destilar, página por página um pouco do veneno, das alegrias, das paixões e dos sonhos.

4. O que você acha que é o ponto de partida para um escritor?
Ler! Ler muito! Depois escrever. Escrever muito! Escrever como exercício. E voltar a ler. Ler muito! E não parar nunca!

5. Para os adolescentes geralmente a parte mais difícil de uma produção textual é elaborar um título. Você acha tranqüila essa parte? Qual a sua “estratégia” para a criação de títulos?
Adolescentes não curtem muito sintetizar uma ideia. Por isso, TALVEZ não gostem tanto de poemas (injustamente, eu diria).
Bom, para mim, título é tranquilo. Um título nada mais é do que um nome que abrangerá de forma sintética toda a idéia do livro, seu tema, sua proposta, sua atmosfera. Para mim, o título é algo que contribui para a realização da obra. Às vezes, eu já sei o título do livro antes mesmo de começar a escrever a obra. Às vezes, o título vem só no final. Mas eu deixo vir naturalmente, sem forçar.

6. Você que elabora as capas para os seus livros ou você compartilha a idéia e confia em um desenhista?
Não, quem cuida disso é o editor. Porém, atualmente eu tenho sugerido ao editor trabalhar com alguns desenhistas parceiros de longa data. É o caso do meu querido Marcelo Perrone Campos (ilustrador do meu livro “Gorrinho uma loucura crônica” (PAULUS), do “Almanaque da Cidadania” (PAULUS) e do próximo lançamento “Como Educar Sua Mãe” (WAK EDITORA). O Marcelo me conhece desde que nasci. Ele mora em Brasília e eu no Rio. Atualmente nos comunicamos até por telepatia de tanto que nos entendemos!

7. Existem outros projetos em pauta?
Muitos, moça! Eu me dei umas férias agora em agosto após escrever o mistério infanto-juvenil para a Paulus, o livro de humor para a WAK e dois livros pedagógicos para a Paulinas. Tudo em um único semestre. Fiquei esgotado! Mas agora recomeçam as palestras e atividades em escolas e prefeituras... E já vieram os pedidos para outras obras. É difícil, mas eu adoro! Tem gente que pensa que a vida de escritor é mole... Papo furado! Daqui a dois meses já estarei debruçado na minha mesa novamente, isolado do mundo, pesquisando e produzindo literatura com uma pequena dose de azedume e nostalgia.

8. Você tem um livro ou autor preferido? Nos deixe uma dica de leitura!!
Uma boa dica pra vocês: “O Carteiro e O Poeta” de Antônio Skàrmeta (editora Record). Ah, e se puderem, entrem no meu site, conheçam os meus livros e o Espaço TEEN, feito sob encomenda para vocês. www.joaopedrororiz.com.br.

João Pedro Roriz para o Foolish Happy.
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1. Você sempre gostou de escrever? Quando que o seu talento foi descoberto?
Na infância eu gostava muito de contar histórias desenhando em quadrinhos, porém achava que era muito demorado e trabalhoso, e então descobri que escrever seria a forma mais prática e rápida de se contar uma história, e dai pra frente passei a amar a literatura e simplesmente me apaixonei pelo hábito de escrever. Cheguei a escrever vários rascunhos de diversas histórias que acabaram ficando perdidos no tempo. “Terra sem Lei” é, portanto, uma realização pessoal e uma experiência maravilhosa.
2. Seus personagens são baseados em pessoas que você conhece?
Com certeza me influenciei por diversos tipos de pessoas que conheço, tanto pessoalmente como de forma indireta, como personagens de outras historias. Isso me ajudou bastante a compor os meus personagens.

3. Houve alguma situação na sua vida que gostarias de passar para um livro?
Sim, claro. Seria muito bom escrever sobre uma experiência de vida, algo que se enquadre num romance ou numa aventura. Porém, ainda não escrevi nada que tenha acontecido comigo.

4. O que você acha que é o ponto de partida para um escritor?
Eu escrevi os doze primeiros capítulos de “Terra sem Lei” em 2001, parei por vários anos para só concluir em 2011. Portanto a dica que dou é: não desista! Por mais que demore a conclusão da obra, nunca deixe de escrever um pouco hoje, um pouco amanhã ou um pouco num mês e depois noutro, e assim por diante. Da mesma forma que existem escritores que levam três ou quatro meses pra escreverem um livro, existem outros que levam anos para terminar. E o mais importante: alimente o hábito de ler, pois isso enriquece o seu vocabulário e influencia a sua escrita.

5. Para os adolescentes geralmente a parte mais difícil de uma produção textual é elaborar um título. Você acha tranquilo essa parte? Qual a sua “estratégia” para a criação de títulos?
O título é extremamente importante para o sucesso de uma obra. É tão importante que, na minha opinião, ele deve ser deixado por ultimo. Eu defendo a tese de que o escritor deve desenvolver e escrever toda a sua história, e só quando a mesma estiver pronta é que finalmente o título seja elaborado.

6. Você que elabora as capas para os seus livros ou você compartilha a ideia e confia em um desenhista?
Gosto muito de desenhar, mas prefiro passar a missão da produção gráfica da capa para um profissional.

7. Existem outros projetos em pauta?
Sim. Estou trabalhando no projeto de uma trilogia. Serão 3 volumes contando uma história menos trágica que "Terra sem Lei", romântica e com muita aventura e humor. Quero publica o primeiro volume no inicio de 2013.

8. Você tem um livro ou autor preferido? Nos deixe uma dica de leitura!!
Sempre procurei ler escritores nacionais, e por isso mesmo me identifiquei muito com histórias regionais como as de José Lins do Rego, José Cândido de Carvalho e Ariano Suassuna. É claro que li alguns escritores estrangeiros como Arthur Conan Doyle e  J. R.R. Tolken, os quais influenciaram bastante na minha forma de escrever.
Luis Boto para o Foolish Happy.
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Gostaram? Eu espero que sim!
Mais uma vez, obrigada de coração aos autores!
Para quem quiser dar uma olhada nas outras entrevistas, que também estão ótimas, é só clicar aqui :)

XOXO

4 comentários:

  1. Que legal que vc teve a oportunidade de conhecer o autor pessoalmente. Tbm já conheci uma autora brasileira pessoalmente e é bem legal mesmo ^^
    Gostei da entrevista e achei o João muito simpático.

    http://autoracarolinaribeiro.blogspot.com

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  2. Boa tarde :)
    Gostei das entrevistas *-*
    João é poeta? me interessei por ler sua(s) obra(s) ein? *-*

    Beijos

    RIMAS DO PRETO

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  3. Gostei muito das entrevistas!
    Super legal você ter conhecido o autor, adorei a foto!
    Beijinhos
    Renata
    http://escutaessa.blogspot.com/
    @blogescutaessa

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  4. Que fofa a fotinho! Ótimas respostas dos autores. Parabéns pelo blog!
    Camila

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