Entrevista | Autores Parceiros #5

Oi galera da blogosfera! 
Peço desculpas pela demora em postar aqui no Foolish, mas estou numa correria na escola, no curso e minha ansiedade para o ENEM é grande!
Hoje vou postar uma entrevista com o autor parceiro aqui do blog, o Alexander Mackenzie. Ele é o escritor de Os Demônios de Deus, um livro que me deixou super intrigada primeiramente pelo título. Clique aqui para saber mais sobre o autor e fique a vontade com a entrevista.

Você sempre gostou de escrever? Quando que o seu talento foi descoberto?
Em 1996, recebendo as provas e notas em uma aula de Histologia, minha professora da Universidade comentou que minhas respostas tinham uma estrutura textual diferenciada. Acreditei nela. Naquela altura, já era uma amante da poesia de Walt Whitman, Robert Frost e Paul Valery. Além da prosa de Michel Butor, Lobo Antunes e Machado de Assis. No mestrado e doutorado minhas orientadoras sempre comentavam de meu estilo textual e percebi que estava na hora de escrever algo fora do meio acadêmico. Assim nasceu a idéia do livro Deus, Prozac e um Divã, que hoje se chama: Os demônios de Deus.

Seus personagens são baseados em pessoas que você conhece?
De certa forma, todas as personagens carecem de um referencial. Não é possível escrever seres fictícios sem um arcabouço da realidade. Admito que, em muitas vezes, há um mosaico de características na formação de uma personagem. Todavia, devo confessar que algumas pessoas,  paixões, aventuras e amigos marcaram e estão plasmadas nas narrativas. Meu avô, por exemplo, aparece explicitamente em meu primeiro romance.

Houve alguma situação na sua vida que gostarias de passar para um livro?
Já o faço. Morar no Canadá foi uma experiência que deixou marcas profundas. Amei muito os Estados Unidos, cresci muito enquanto estava em Nova Iorque (aquela cidade é explosiva e pulsante 24 horas !!!). No entanto, a vida que tive em Victoria e Vancouver é hoje cenografia latente em todos os meus livros. 

O que tu achas que é o ponto de partida para um escritor?
Escrever é sublimar: um ato terapêutico da psique humana. Escrever é permitir-se curar da angústia, liberando suas emoções de forma catártica. Ao expressar seus maiores temores e fantasma, o escritor permite ao leitor projetar-se naquela dor fingida que não é sua, mas vive em seu cotidiano. O poeta português, Fernando Pessoa, havia deixado a “formula” para qualquer escritor, que ele é um fingidor...um fingi-dor!

Para os adolescentes geralmente a parte mais difícil de uma produção textual é elaborar um título. Você acha tranquilo essa parte? Qual a sua “estratégia” para a criação de títulos?
O título é a síntese de um texto. A condensação máxima em busca de laçar o leitor, logo é preciso ter, ao menos, um elemento desconcertante, que saia do padrão. Se ao jovem dar um título é complexo, meu conselho é: seja simples . Vá até o último parágrafo de seu texto e retire dali as palavras-chave de seu título. Em um romance, há o mercado editorial por trás, dinheiro, publicidade e marketing, então o título precisa ser “chamativo” e suscitar lucros.

Você que elabora as capas para os seus livros ou você compartilha a ideia e confia em um desenhista?
Em Os demônios de Deus mandei o projeto que tive numa madrugada. Acordei com a capa na cabeça. No Las Vegas, informei que queria algo direcionado para as mesas de jogos dos cassinos. No Atrações Quânticas, eu mencionei que devia ter uma mulher loira, a protagonista, Ashley Coles, dividida entre dois caminhos. Gosto sempre de compartilhar com o designer. Não posso reclamar, pois meu capista tem sido brilhante em cada projeto.

Existem outros projetos em pauta?
Há o prefácio que escrevi para uma narrativa de Scott Fitzgerald. Creio que sairá em poucos meses. Tenho, também, um projeto, (um romance) na gaveta que vou finalmente tirar o pó dele. Mais uma vez o tom confessional será a marca. A base deste romance, ainda sem título, é sobre um sedutor que se vê, após inúmeras conquistas, incapacitado de amar uma única pessoa. Por outro lado, uma misteriosa personagem irá conduzi-lo a um caminho de traumas e frustrações, enquanto se descobre. Conhecer-se é sempre um caminho de dor.

Se você pudesse mudar de identidade, qual personagem de livro/filme/seriado você gostaria de se tornar?
Difícil escolher dentre tantos, porém, ficaria entre duas personagens: Lex Luthor; ou, Armand Duval, de A dama das camélias.

Você tem um livro ou autor preferido? Deixe-nos uma dica de leitura!!
Ontem não te vi em Babilônia, de António Lobo Antunes. A estrutura textual é fragmentada e a história se amarra por lembranças durante uma madrugada. O brilhantismo do autor português se faz na construção de uma prosa-poética impecável. Por outro lado, há um autor brasileiro, Osman Lins, que  considero uma preciosidade na literatura brasileira: Avalovara.

CONVITE:
HAVERÁ UMA NOITE DE AUTÓGRAFOS NA LIVRARIA NOBEL, DIA 30/11, ÀS 20HS, NO SHOPPING ABC/SP.

Autor Alex para o Foolish Happy.

Espero que tenham gostado assim como eu =) Quem puder, aparece lá na Livraria Nobel para conhecer o autor e depois me contar como foi!
Xoxo

8 comentários:

  1. Amei a entrevista! Não conhecia o autor.
    Beijos do Capricha!
    www.caprichanoblush.com
    Ah, e tem sorteio de maquiagem lá no blog, não deixe de participar >>> http://bitly.com/S7Txgg

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  2. Intrigante !! Estou curiosa para ler o livro, ou os livros !!!
    Bj

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  3. Parabéns. Quero ler o livro,no lançamento estarei para você autografar. Já esta sendo intrigante,cheia de mistérios ao redor.

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  4. Meu querido parabens.Peço a Deus todo sucesso do mundo para você e que todos os seus sonhos sejam realizados,mil beijos e até breve no lançamento.

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  5. Oi Tai!
    Bela entrevista o autor e a obra são bem interessantes.

    Bjos

    www.roubando-livros.com

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  6. Muito legal a entrevista, gostei
    Que pena que a sessão de autógrafos não é aqui no RJ.

    Beijinhos
    Renata
    http://escutaessa.blogspot.com.br
    http://www.facebook.com/BlogEscutaEssa
    @blogescutaessa

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  7. MUITO LOUCO ESSE LIVRO E O CARA...EITAAA! PRECISO LER.

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  8. oi,
    adorei a entrevista
    e pena que esse shopping é longe pra mim
    senao eu ireia

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    bjos

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