Resenha | O Pacto

A história de O Pacto, escrito por Joe Hill, filho do também autor e favorito ou pelo menos conhecido de muitos, Stephen King, conta a história de Ig Perrish, um bom homem agraciado com uma bela namorada e um irmão que sempre pode contar, a grande reviravolta de azar na vida do jovem começa a acontecer quando ele é acusado de assassinato e mesmo inocente não consegue provar o contrário. As coisas apenas pioram na vida do rapaz quando ao acordar após uma ressaca e se olhar no espelho percebe que chifres estão nascendo em sua cabeça, para piorar a situação apenas ele pode ver os chifres e por algum motivo as pessoas transpõe o que há de pior em suas personalidades, confessando seus pecados e crimes ao rapaz.

Não há duvida, Ig está se tornando o diabo em pessoa e precisa de alguma forma lidar com seus dois maiores problemas, arranjar uma forma de se livrar de seus chifres e seus poderes demoníacos e descobrir quem realmente assassinou a mulher de sua vida.

A história tem uma trama fácil de ler, é interessante e após algumas páginas você fica preso a ela, o autor como em seu livro anterior, o também muito bom A Estrada da Noite faz várias referencias e citações a cultura pop, o terror nesta obra está mais incontido na reflexão de “será que precisamos mesmo de um diabo se já temos nós mesmo?”, e não se compromete em ser uma obra clássica ou se ajoelhar perante Kings, Kontz ou Tolkiens para se tornar um clássico, ele é a pura literatura por diversão.

Em vários momentos a história anda para trás e para frente para explicar o passado de Iggy e seu amigo Lee Tourneau  e Merrin, sua namorada. A narrativa gira em torno de Ig e Lee principalmente, pois a medida que a trama avança e conhecemos melhor cada personagem ficamos mais íntimos de o que se passou em todos estes anos. A reflexão do terro também da espaço a uma metade de ação, Ig tem os mesmos poderes da besta descrita na religião católica e isso pode facilitar sua vida e ao avançar da história é cada vez mais utilizado.

Não sei bem como descrever o livro sem dar spoilers, cada capitulo é uma revelação e se torna cada vez mais interessante ler o livro, a reflexão é inevitável, mas acima de tudo é muito divertida.

Resenha escrita por: Eduardo Fossati