Resenha | A Estrada da Noite

Judas Coyne é um "aposentado" astro do Rock que no auge da sua carreira perdeu dois amigos que integravam sua banda. Colecionador de objetos macabros, Coyne encontra na Internet um anúncio muito intrigante: "Vendo a alma do meu padrasto. Compre o terno do falecido. O maior lance o leva." O colecionador não resiste a experiência e então oferece uma boa grana pela alma de um desconhecido.
Quando o terno chega embalado numa caixinha de coração, Coyne não sente a maldade na encomenda mas quando sua namorada, Geórgia, espeta o dedo num alfinete invisível é que as coisas começam a ficar sérias. 
É noite quando Coyne vê pela primeira vez o fantasma de Craddock sentado em frente ao seu quarto. Mas será que só ele poderia vê-lo? Ele descobre que não é o único a enxergar a alma quando Danny, seu secretário, fica perplexo com uma visão e se suicida no outro dia.
O livro tem ótimos momentos de terror, suspense e ao meu ver até teorias espíritas. Joe Hill, especialista neste tipo de história soube me prender do início ao fim deste excelente livro.
Tudo o que eu mais queria saber era o que ia acontecer com Judas e Geórgia e entender o motivo real para o morto ter tanta raiva de Coyne. Este verdadeiro motivo é revoltante, algo que eu não imaginava e simplesmente fiquei boquiaberta quando o descobri! 
Posso ter sido um pouco ingenua, mas este livro me causou arrepios e me levou a pensar várias vezes na morte, como ela é e o que acontece depois dela.
O livro possui algumas palavras obscenas mas nada extremamente impróprio. Inclusive, já perceberam que a maioria dos filmes de terror tem alguma coisa envolvendo sexo?  
Adorei os poucos personagens da história. Não foi nem um pouco cansativo ler A Estrada da Noite, nome que se dá ao caminho até a morte. Além do que, para os fãs de rock n' roll as referências a AC/DC, Aerosmith e outras tantas bandas, são perfeitas.
Joe Hill mais uma vez não decepcionou. Afinal filho de Stephen King, porque decepcionaria?